Prisão de Milton Ribeiro é ponta de Iceberg

 A prisão do pastor presbiteriano Milton Ribeiro nesta quarta-feira, 22 de junho, abala a bancada evangélica no congresso. A Polícia Federal desencadeou uma operação  chamada “Acesso Pago”, e cumpriu um mandado de prisão preventiva do pastor Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação.

Ele chegou ao cargo em julho de 2020, após uma carreira de atuação na Universidade Mackenzie, e foi exonerado no dia 28 de março deste ano, para que denúncias de favorecimento fossem investigadas.

A  Polícia Federal foi montada para investigar denúncias de tráfico de influência e corrupção para liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) favorecendo pastores e denominações corruptas. 

              

Os religiosos exigiram propinas em dinheiro através dos recursos do MEC em favor de várias denominações evangélicas, muitos pastores se fizeram de inocentes e cobraram uma investigação sobre o caso. À época, Milton Ribeiro negou que estivesse favorecendo indicados por pastores na distribuição de verbas. 


O governo negou que isso acontecia e o presidente disse que colocava a mão no fogo pelo pastor Milton, Os pastores prometiam a prefeitos facilitar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante pagamento de propina, segundo  o relato dos prefeitos abordados pela dupla, os pastores pediam propina até mesmo por meio da compra de bíblias. A prisão de Milton Ribeiro é somente a ponta de um iceberg no que diz respeito a corrupção que envolve templos e pastores.


O juiz determinou que Ribeiro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, e que a audiência de custódia aconteça ainda nesta quarta, durante a tarde.

Outros 13 mandados de busca e apreensão, além de 4 de prisão, foram cumpridos pela PF em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. A Justiça também determinou medidas cautelares, como a proibição de contatos entre investigados e envolvidos.

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